Insatisfação no Trabalho Afeta a Saúde Mental de 4 em 10 Mulheres, Revela Pesquisa da ONG Think Olga

Um levantamento realizado pela organização forneceu uma visão abrangente, destacando como a remuneração inadequada e a sobrecarga profissional estão afetando negativamente suas vidas.

Causas de Problemas de Saúde Mental: Problemas financeiros, carga de trabalho excessiva, pressão estética, discriminação de gênero e sobrecarga doméstica estão entre as principais causas de problemas de saúde mental entre as mulheres no Brasil.

 – Altos Índices de Diagnóstico: Um alarmante 45% das mulheres brasileiras receberam diagnósticos de ansiedade, depressão ou outros transtornos mentais, de acordo com a pesquisa da Think Olga.

Áreas de Insatisfação: As áreas que mais causam insatisfação entre as mulheres são finanças (60% desejam melhorias), trabalho (30% querem mudanças), e isso desempenha um papel crucial não apenas na saúde mental, mas também na posição social das mulheres.

Disparidades Sociais: As disparidades são ainda mais evidentes entre as mulheres das classes D e E, jovens (idade entre 18 e 35 anos), LGBTQIA+ e mulheres pretas e pardas.

Níveis de Satisfação Geral: A pesquisa revela que as mulheres estão insatisfeitas em várias áreas da vida, com níveis mais altos de satisfação nas relações familiares e amorosas (cerca de 30%), enquanto as finanças e a conciliação das diferentes áreas da vida têm os piores índices (14% e 21%, respectivamente). O nível de satisfação com o trabalho ficou em 22%, e com a saúde emocional, em 24%.

 – Insatisfação no Trabalho: As principais fontes de insatisfação no trabalho incluem remuneração baixa (32%), sobrecarga de trabalho doméstico (22%), falta de reconhecimento (21%), jornada de trabalho excessiva (20%), falta de plano de carreira (19%) e pressão e competitividade no ambiente corporativo (14%). Além disso, 11% têm medo de serem demitidas.

Outros Fatores Contribuintes: Outros fatores que afetam a saúde mental incluem situação financeira apertada (48%), morte de entes queridos (45%), dívidas (36%), doenças físicas (33%), pressão estética (26%) e muito mais.

Desigualdade Financeira: A desigualdade salarial entre homens e mulheres persiste, com as mulheres recebendo em média 78% do salário dos homens na mesma função. Apenas 11% das entrevistadas não contribuem financeiramente para suas despesas domésticas, enquanto 38% são as principais ou únicas provedoras.

Cuidado com a Saúde Mental:

 – Conscientização Crescente: Mais de 90% das mulheres reconhecem a importância da saúde mental, com 76% afirmando que estão prestando mais atenção a esse aspecto, especialmente após a pandemia.

Estratégias de Cuidado: Cerca de 89% das entrevistadas adotam estratégias para cuidar de sua saúde mental, incluindo atividades físicas (40%), religião/espiritualidade (37%), tempo com família e amigos (35%), alimentação saudável (26%), contato com a natureza (25%), hobbies que impactam o bem-estar (24%) e terapia/análise (15%).

Apelo à Mudança: Para melhorar essa situação, é fundamental reconhecer que remédios e terapia por si só não são suficientes. A mudança requer uma conversa ampla, envolvendo também os homens, as empresas e o poder público, como destaca Maíra Liguori, diretora da Think Olga.

(Fonte: ONG Think Olga )

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