Felipa trabalhava em uma multinacional em São Paulo, sua função era Executiva de Vendas. Trabalhava no mínimo 40h semanais, presencialmente, atendendo clientes B2B. Vendia softwares.
Era divorciada, tinha 2 filhos (menina de 4 anos e menino de 1 ano). Felipa podia contar com a vizinha para olhar seus filhos quando não estavam na escola. Às vezes, precisava chegar tarde em casa, pois participava de happy hours, encontros empresariais a fim de estabelecer networking para prospectar clientes em potencial.
Com a pandemia do novo coronavírus, Felipa precisou, em razão das normas adotadas pela empresa, trabalhar home office, mantendo a mesma carga horária de antes. Como sua vizinha era idosa e diabética, não poderia mais ajudá-la com as crianças, pois era do grupo de risco.
Felipa então desdobrou-se nas funções de casa, como mãe e profissional. Era uma mulher zelosa com os filhos, cumpria metas e expectativas da empresa. Semanalmente, havia reuniões com o seu gestor de forma online. Várias vezes, Felipa participou delas no seu smatphone porque precisava vigiar seus filhos que ora estavam assistindo TV, ora brincando.
Até que um dia, em meio ao trabalho e brincadeiras dos filhos, seu gestor, em mais uma reunião online, chamou sua atenção pelo barulho das crianças e a pediu que na próxima reunião, desse “um jeito” nelas. Felipa ficou preocupada, pois realmente não tinha o que fazer, seus filhos eram muito pequenos e não poderia deixá-los a sós para trancar-se em um cômodo para minimizar o barulho.
Na outra ocasião, a situação foi semelhante e seu gestor a repreendeu mais uma vez. Até que 2 dias depois, Felipa recebeu uma ligação do RH da empresa a dispensando do trabalho sem necessidade de cumprir o aviso prévio. Ficou desolada, pois dependia do emprego para sustentar seus filhos. Morava de aluguel em SP, recebia uma pensão alimentícia muito pequena do ex-marido e não tinha a quem recorrer na cidade grande, pois sua família morava em BH. O que fazer? Felipa estava sem rumo.
Lembrou-se de uma colega que fez pós-graduação com ela e era bem relacionada em SP. Contou que estava disponível no mercado e se poderia lhe enviar o currículo para no caso de saber de alguma oportunidade. Sua amiga disse que sim e a aconselhou a fazer um perfil no linkedin também, pois foi através desta plataforma que havia se recolocado no mercado. Contou que um headhunter a achou por lá e estava muito bem no atual trabalho. Felipa disse que tinha um perfil no linkedin, mas estava desatualizado, pois trabalhava na empresa há mais de 10 anos não se preocupando em colocar sua cara no mercado. A amiga indicou uma consultoria em RH que poderia lhe ajudar com a recolocação profissional. Felipa ficou receosa, pois sua última experiência com RH foi frustrante, o qual a despediu sem tato e humanização, por meio de um telefonema rápido.
Sua colega disse que poderia confiar nesta consultoria em RH que, inclusive era da sua cidade natal, BH. Várias conhecidos tinham sido clientes dessa empresa e tido uma boa experiência. Felipa ficou pensativa, afinal fazia 2 anos que não visitava a família e poderia ser uma oportunidade de unir o últil ao agradável. Poderia rever os pais e mudar de ares. Ajeitou então as suas malas e partiu para BH em 1 semana, em um misto de sentimentos como esperança e preocupação.
Chegando a BH, ligou para a Consultoria em RH e agendou um encontro. Foi recebida pela Consultora em um ambiente acolhedor no qual sentiu-se valorizada e respeitada. O atendimento foi à mineira, em uma cozinha, onde ao contar sua história de vida e profissional, poderia comer uma fatia de bolo e beber um cafezinho passado na hora. Sentiu-se à vontade para se abrir e confiante nos serviços oferecidos. Em uma relação de parceria, buscaria sua recolocação profissional na sua cidade natal priorizando uma empresa que se identificasse com seus princípios e valores.
Mileny Lacerda.
Uma resposta
Muito bom, a vida da mulher é muito mais fácil com a presença da família, hoje em dia a participação de tios, avós etc, é mais presente na vida das crianças, ajudando no desenvolvimento.