A diabetes tipo 2 é uma doença crônica caracterizada pelo aumento de açúcar no sangue, de acordo com dados da International Diabetes Federations, a doença atinge cerca de 537 milhões de pessoas adultas (IDF), e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é também uma das doenças que mais mata no mundo.
A doença complexa e multifactorial pode ser causada tanto pela predisposição genética quanto pelo sedentarismo. A obesidade/sobrepeso, a alimentação incorreta (não saudável), a síndrome de ovário policístico, a diabetes gestacional não tratada (meu caso), e a idade/etnia também são fatores relacionados a causa do diabetes tipo 2.
Mesmo em foco e em alta, a doença segue seu crescimento de maneira avassaladora. Embora tenham tantas informações circulando; apesar de que essas informações, muitas vezes, possam não chegar, talvez, em muitos lugares e pessoas no mundo, o que é uma pena, porque se a doença for bem tratada no início, ela pode ser revertida ao invés de evoluir.
Fato é que depois do diagnóstico o mais comum é que o paciente saia da consulta médica com um receituário, dietas e exames para serem repetidos daqui 3 ou 6 meses, só isso e mais NADA. A maioria dos casos de pacientes com pré-diabetes se tornam diabéticos tipo 2, com tendências a sofrerem com complicações sérias da doença.
Sou diabética tipo 2 há mais de 12 anos, em uso de insulina há mais de 5 anos. Sei da importância de um bom acompanhamento no tratamento da doença logo no início, tenho certeza, que isso pode sim ajudar muito a evitar as complicações causadas pela o diabetes, me arrisco até a dizer que muitos custos também podem ser reduzidos.
14 Novembro, Dia Mundial do Combate ao Diabetes, neste dia eu como diabética tipo 2 gostaria de reivindicar os direitos de todos os diabéticos a terem acesso gratuito e de qualidade ao tratamento da doença, como também pedir por mais políticas públicas voltadas para reforçar o acompanhamento adequado da doença, com informações precisas que possam evitar as complicações terríveis do diabetes.
Para quem não sabe, ter o sangue doce, além de trazer incertezas de como vai ser seu dia com os Hs do diabetes, isso mesmo, um dia pode ser do H da hiperglicemia que são níveis altos de açúcar no sangue que devem ser controlados diariamente, caso contrário, os riscos, as complicações só aumentam e com isso os riscos de morte também. O outro H da diabetes é o da hipoglicemia, que são os níveis baixos de açúcar no sangue e que podem levar a perda de memória, coma e até a morte se a pessoa não for socorrida imediatamente. Às vezes, temos hiper e hipo no mesmo dia.
Resumindo, ter o sangue doce é viver todos os dias em uma montanha russa com nossos controles glicêmicos, que horas estão nas alturas e em outras estão em quedas, riscos iminentes de problemas graves ou morte, esse é só um pouquinho do dia dia de um diabetico.
Por Juliana Garcia
Fontes: International Diabetes Federations(IDF) no Atlas de Diabetes, pesquisa realizada em 2012. Organização Mundial da Saúde (OMS)