As redes sociais, a internet, com certeza, são instrumentos que ampliam as possibilidades de negócios, informação, conhecimento, conexão e relacionamento. No entanto, alguns problemas são relatados pelos próprios usuários, entre eles, a ansiedade, depressão, solidão, baixa qualidade de sono, autoestima e dificuldade de relacionamento fora das redes. Nos últimos dias, os fatos de violência nas escolas, por exemplo, expandiram o debate sobre a toxicidade, o extremismo, assim como outros agravantes, como golpes nas redes.
Neste contexto, as redes que ocupam o centro do debate são o Twitter, o Instagram, o Facebook, o YouTube. Porém, poucos atentam para outras plataformas, sobretudo o Pinterest, com lançamento datado no ano de 2010, com receita de 1,693 bilhão USD, com indicações como Teen Choice Award: Melhor Rede Social, disponível nos idiomas português, espanhol, francês, holandês e alemão.
De acordo com um comunicado divulgado recentemente no Social Media Today, o Pinterest demonstrou que se diferencia de outros aplicativos sociais, destacando como seus sistemas são criados para facilitar experiências mais positivas e benéficas, em detrimento de comportamentos compulsivos e viciantes. Um novo estudo com o Greater Good Science Center da Universidade de Berkeley revelou que, ao interagir diariamente com conteúdo inspirador no aplicativo, os estudantes universitários da Geração Z protegeram-se contra o esgotamento e o estresse, ‘mesmo quando estavam estudando para exames universitários estressantes’.
Após uma tentativa no ano de 2017, quando a empreendedora Luana Surita resolveu vender, através do Instagram, bolsas e acessórios. Contudo, nesta plataforma a experiência não trouxe bons resultados. Começou a vender e, de início, não conseguia faturar, portanto, após estudos chegou ao Pinterest.Neste processo observou que no exterior a rede social é mais utilizada do que no Brasil, inclusive, na geração de negócios, por aqui ainda é algo novo.Percebeu também que o Pinterest é uma das três principais plataformas de tráfego orgânico da internet. A entrega de conteúdo dentro do Pinterest é muito forte. A plataforma entrega o conteúdo, ao contrário do Instagram, onde o usuário se dedica, cria um conteúdo maravilhoso, pensa que terá curtidas, comentários e lida com o inverso. O Pinterest, realmente, distribui o conteúdo, ou seja, valoriza o criador de conteúdo.A distribuição acontece com base nas palavras-chave escolhidas. Por exemplo, uma decoradora irá utilizar as palavras-chave que acredita que as pessoas estão buscando dentro do Pinterest. Quando os usuários fazem a pesquisa destas palavras, o conteúdo chega ou aparece para elas. Outro aspeto relevante do Pinterest percebido por Surita é que, a cada conteúdo, é possível incluir um link. Dessa forma, as pessoas entram na plataforma, fazem a pesquisa, encontram o conteúdo, clicam sobre ele e são direcionadas para uma URL. O tráfego pode ser direcionado para sites, páginas de vendas, etc. Essas pessoas podem entrar em contato de diversas formas e efetuar a compra. Sendo assim, a Pinterest é uma plataforma que trabalha para nós, proporcionando a visibilidade que o Instagram não oferece.
Essas e outras características diminuem a toxidade nesta plataforma que, de acordo com Surita, é uma rede positiva. A prova disso é a ausência do Pinterest, rede focada em fotografias, no noticiário devido a casos de bullying, racismo, capacitismo, xenofobia, homofobia, intolerância religiosa ou outras práticas criminosas que, atualmente, começam no virtual e espalham-se para o presencial. Luana salienta que o Pinterest é uma plataforma positiva por não ser um local de haters. Nas redes sociais Tik Tok, Twitter e Instagram, há muitos haters. No Pinterest, os usuários buscam a vida que querem, buscam inspiração, não fofoca ou o que o vizinho está fazendo, o que é um diferencial, ressalta Luana.