Presença feminina no empreendedorismo brasileiro fica cada dia maior. Confira a opinião de protagonistas no mercado
Bússola (Plataforma de conteúdo – Publicado em 6 de agosto de 2024 às 10h00.)
O Brasil é o sétimo país com maior número de empreendedoras do mundo, segundo pesquisa realizada em parceria com o Sebrae.
- Mulheres empreendedoras atuam maioritariamente no setor de serviços
- Elas representam 34,4% do universo total de proprietários de empreendimentos no país.
Os estados com maior proporção de mulheres à frente de empresas são:
- Rio de Janeiro – 38%
- Ceará – 38%
- São Paulo – 37%
- Goiás – 36%.
Tendo em vista esse cenário crescente do empreendedorismo feminino, convidamos seis empreendedoras para dar seis dicas valiosas de como impulsionar o seu negócio:
1. Faça investimentos em ESG, estudo e pessoalidade
“Hoje a simples incorporação da sustentabilidade no dia a dia não basta mais. É necessário que tanto consumidores quanto marcas priorizem a adaptação a um novo contexto climático e se preocupem com todas as vertentes do ESG.
Além disso, reforço a importância de:
- Um estudo aprofundado no segmento e no público-alvo
- Buscar sempre uma pessoalidade maior nos valores, vertentes e negócios”
As dicas são de Laís Macedo, presidente do grupo de networking Future Is Now.
2. Descubra o que é o “Netweaving”, uma nova forma de se relacionar no mundo globalizado
“O netweaving é a evolução do networking.
O networking se resume ao processo de conhecer e conversar com pessoas que podem ser úteis para você, em busca de ser recompensado de alguma forma.
Já o netweaving é um conceito que fala de troca de experiências sem expectativas, o que torna as relações mais sólidas, duradouras e genuínas.
Vá além de querer vender algo ou ganhar alguma vantagem, conexão vale mais que dinheiro. É aquele famoso ditado de fazer o bem sem olhar a quem ou oferecer uma boa ação sem esperar nada em troca”, aponta Carolina Fernandes, fundadora e CEO da Cubo Comunicação, hub de comunicação e marketing que fornece soluções personalizadas e customizadas para marcas de diferentes segmentos e portes.
3. Invista em negócios de cuidado tecnológico
“Costumamos relacionar a mulher a um lugar de gestão humana e cuidado emocional. No entanto, percebo que, cada vez mais, estamos indo para um cuidado tecnológico.
As mulheres estão cada vez mais entrando no campo da tecnologia aplicada a produtos para melhorar a vida e o bem-estar, criando soluções que incluem tecnologia em sua essência.
É uma tendência crescente ver mulheres liderando mudanças significativas em tecnologias de saúde, esporte e bem-estar, expandindo seu impacto para além do cuidado tradicional e emocional” diz Ana Julia Kiss, fundadora e CEO da Humora, startup de cannabis medicinal.
4. Investimento em impacto social
“Perceber qual o impacto positivo que o seu negócio está afetando na sociedade e nas comunidades, além do lucro, é uma tendência em negócios liderados por mulheres.
Em função da nossa construção social em relação ao cuidado, essa é uma constante pauta de empreendedoras, e que vai continuar mais forte.
Mulheres precisam equilibrar os desafios profissionais com suas vidas pessoais, e priorizar a saúde mental e o bem-estar das colaboradoras também vira uma tendência”, adiciona Carine Roos, fundadora e CEO da Newa, consultoria de impacto social.
5. Se o seu investimento é em tecnologia, é bom diversificar
“Quando falamos de investimento em tecnologia, abrimos um universo de possibilidades. A inteligência artificial, por exemplo, vem ganhando destaque na otimização de processos e entregas entre as empreendedoras.
No entanto, outras soluções como a computação em nuvem, utilizada para gerenciamento e armazenamento de dados, e a blockchain, indicada para operações de contratos inteligentes com segurança e menor custo, são estratégias a serem consideradas no apoio ao negócio”, diz Eduarda Gouvêa, vice-presidente do conselho deliberativo da Droom Investimentos, ecossistema de aplicações financeiras em ativos judiciais.
6. Foque em inovações que valorizam a vida
“É comum observarmos organizações sem uma visão clara de seus horizontes para inovação que valorize as pessoas, resultando na falta de planos de diversidade e com métodos de trabalho tradicionais.
Nesse cenário, quando falamos de incorporar estratégias ESG e inovação que valorizam a vida, falamos de iniciativas que não apenas impactam positivamente o negócio, aumentando sua eficiência, como também podem promover uma mudança estrutural no mercado”, acrescenta Alline Goulart, diretora da Semente Negócios, empresa que desenha soluções de inovação que valorizam a vida.
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