É o “tanto faz” é que te adoece

Uma mente mal cuidada, nos deixa doentes. Afinal, o que você não resolve na sua mente, o corpo transforma em doença.  

É o “tanto faz” é que te adoece

“Ou a gente cuida da mente ou a mente acaba com a gente”.

“O que não resolvemos na mente, o corpo transforma em doença”.

Uma mente mal cuidada, nos deixa doentes. Afinal, o que você não resolve na sua mente, o corpo transforma em doença. Quando ouvi essas duas frases, gostei tanto que resolvi compartilhar. Para mim, elas se completam. 

Segundo a metafísica da saúde, ciência muito utilizada para ajudar no diagnóstico de pacientes, grande parte dos problemas de saúde são resultados de um processo psicossomático em que o indivíduo foi “levando” determinado problema emocional e que, por não resolvê-lo, deixou que se tornasse, de fato, um problema físico. 

A campanha “Janeiro Branco”, criada a partir de 2013, acredito eu, surgiu principalmente com foco no bem-estar, na saúde mental e emocional. Janeiro, por se tratar de um mês de renovação e início de ano, tende a fazer com que prometamos, a nós mesmos, muitas coisas. Em estado de euforia e de realizações, as chances de tomarmos atitudes exacerbadas são enormes, é aí que acabamos perdendo a noção da nossa realidade sobre o que a gente consegue realizar de fato. 

O mês de janeiro, pelo menos para mim, tem todo um significado. Tanto pelas pessoas ficarem mais ansiosas quanto por elas estarem também reflexivas.  Algumas se dispõem a realizar uma avaliação da própria vida, outras fazem planos que não vão alcançar, grandes metas e objetivos. Saber o que eu posso fazer e realizar é diferente de pensar positivo. 

Mas por que em janeiro, não poderia ser em março, abril, julho?  

Veja bem! Eu não posso falar que no ano de 2022 vou começar a atender pessoas, dar assistência, aconselhamentos se eu não estiver fundamentada em algum curso de psicologia, de psicanálise, de coaching, seja o que for, antes, eu preciso fazer planos que sejam focados, direcionados, que tenham uma meta, planos que eu tenha condições de realizar, primeiro, antes de atender pessoas em 2022. Eu preciso ter um curso específico na área de assistencialismo para fazer algum atendimento de assistência, seja ele qual for: advogado, psicólogo, coaching, até mesmo um atendimento de reiki. Existe uma necessidade de sermos coerentes em tudo isso.

Acredito muito que o mês de janeiro, de verdade, seja muito propício a comprometer a saúde mental das pessoas, justamente por causa das expectativas que alguns criam, de forma excessiva, por meio de metas e objetivos inalcançáveis.

Eu percebo ainda que algumas pessoas fantasiam e não dão a devida importância ao que realmente estão passando, acreditando que não seja o momento ainda de se cuidarem. É muito importante sermos honestos com nós mesmos e não procrastinar o que depois poderá se tornar muito difícil de consertar.

Percebam que o  número de pessoas consumindo bebidas alcoólicas aumentou muito, principalmente, entre as mulheres, porém cerveja não é remédio. Ainda seguindo esse mesmo raciocínio, os testes de internet também aumentaram consideravelmente, mas a internet não dá diagnóstico. Ansiedade não é frescura, amigo não é psicólogo, depressão não é a falta de crença em Deus,  pânico, crise de pânico e síndrome do pânico não são frescuras. 

Reflita comigo! Você tem questionado os seus relacionamentos sociais? Seus relacionamentos amorosos, não apenas entre parceiros, mas as relações que tenham vínculo de amorosidade como, por exemplo, com  os filhos, pai, mãe, entre outros? 

O “Janeiro Branco” é uma campanha muito parecida com o “Outubro Rosa” e o “Novembro Azul”, justamente pelo objetivo de chamar a atenção de toda humanidade para as questões e necessidades ligadas à saúde mental e emocional das pessoas. Ter sido criada junto às comemorações de final de ano, de Natal, de ano novo, vida nova, faz parte de uma estratégia que visa aproveitar toda essa energia do holopensene mundial, típica da época, para abordar a saúde mental e lembrar que é preciso fazer, todos os meses, um exame consciencial e levar um bate papo muito íntimo de você com você mesmo.

Os terapeutas, os psicólogos e os psicanalistas precisam chamar atenção para o assunto não apenas no mês de janeiro, mas em todos os meses do ano a fim de  provocar reflexões sobre as alterações da rotina e hábitos comuns das pessoas. Perguntas sobre como andam a alimentação, o apetite, o sono, o humor e, principalmente, informar quais são as principais doenças que afetam a saúde mental do indivíduo, orientar que além da ansiedade e da depressão existem várias outras patologias ligadas às emoções.

É muito importante que tais informações circulem em todas as mídias, no rádio, nas mídias sociais, nas instituições públicas ou privadas. Por isso, faz parte sim dos objetivos da campanha conquistar mais pessoas e divulgar ainda mais a importância desse item com as pessoas mais dispostas a refletir sobre a própria vida, uma vez que o momento é muito propício para abordagem do assunto, principalmente, porque ainda vivenciamos um momento mundial que há muito a humanidade não vivia. A pandemia mexeu muito com todos nós e, ao exigir que ficássemos confinados dentro de casa, muitas pessoas se deram conta de que estavam confinadas dentro delas mesmas.

Embora não exista uma verdade absoluta, principalmente porque o significado do branco varia culturalmente, no entanto, existe um princípio manifestado em todo mundo de que o branco é a cor da paz, da tranquilidade, da sensatez e da lucidez. A lucidez significa equilíbrio e equilíbrio significa saúde mental. 

Precisamos falar muito mais sobre a saúde da mente todos os meses do ano e vamos sim falar, cada vez mais, sobre a saúde mental e saúde emocional, principalmente, no mês de janeiro, a fim de ajudar muito mais pessoas a planejarem a vida no decorrer dela, tudo de uma maneira mais centrada, pontual, com metas possíveis de serem realizadas e fundamentadas na realidade de cada indivíduo. Todas essas ações fortalecem o autocuidado e impulsionam muito a criação de políticas públicas voltadas à população no âmbito da saúde do corpo e da mente.  

Por Norma Acquaviva – Psicanalista Junguiana, Consciencióloga, Astróloga e Gerontóloga 

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