Depois do sucesso com as pipocas gourmet, mineira cria comunidade para ajudar outras mulheres a empreender
No mercado há quase uma década, a La Bella surgiu em 2016 quando a chef Natália Lage estava grávida. Incomodada pelos sintomas da gestação, a empresária começou seu negócio de forma modesta, vendendo pipocas na faculdade.
A exemplo de seu avô, que também era pipoqueiro, Natália conta que começou a empreender quando tinha apenas 12 anos, motivada pela vontade de comprar roupas e pelo desejo de ajudar a família a pagar as despesas de casa.
“Comecei levando para a escola os amendoins caramelizados que o meu avô fazia no carrinho de pipocas dele, lá na minha cidade, Santa Bárbara. Esse amendoim caramelizado se chamava beijos quente. Em outras regiões do Brasil é chamado de praliné e também de cri cri”, lembra a chef.
Reconhecida pelo sabor e qualidade das pipocas gourmet que produz, Natália expandiu horizontes e, hoje, promove cursos com objetivo de ajudar outras mulheres a encontrarem uma fonte de renda e, claro, deixar a vida mais adocicada.
“As minhas alunas são, em sua maioria, mães que desejam deixar a CLT para cuidar da famí-lia ou aquelas que perderam o emprego e querem uma oportunidade para empreender”.
Além dos cursos em que a chef revela seus truques como pipoqueira, Natalia inovou e criou uma verdadeira comunidade onde dá dicas de empreendedorismo: “O meu projeto é alcançar mais e mais pessoas mundo afora para que possam descobrir como é lucrativo, prazeroso e apaixonante trabalhar com pipocas”.
Com cerca de 4 mil alunas, dicas sobre como gerir o negócio e atrair mais clientes são compartilhadas pela chef, sempre presente na comunidade para dar todo o suporte necessário. Segundo Natália, o espaço é também dedicado a network, proporcionando aos membros a oportunidade de trocar experiências.
Presença no digital
Em seu perfil no Instagram, Natália compartilha com seus mais de 86 mil seguidores inúmeras técnicas sobre como deixar as pipocas mais gostosas, além da indicação dos melhores produtos para obter a qualidade das receitas que entrega.
Segundo a empresária, a descoberta de seu nicho aconteceu de forma natural: “Logo depois de criar as minhas redes sociais, as pessoas se in-teressaram pela maneira com que eu fazia as minhas pipocas, e foi daí que os clientes foram chegando”.
Com alunos espalhados pelo mundo inteiro, a presença digital da Chef chega a países como Estados Unidos, Chile, Austrália, entre outros.
“Na internet não há barreiras, qualquer um pode te encontrar em qualquer lugar do mundo”, des-taca Natália ao falar sobre como aconteceu seu crescimento e visibilidade. “Antes de qualquer coisa, no digital, nas redes sociais, mais do que estar é preciso ter constância e permanecer. Fazer todo dia um pouquinho”.
